sábado, 28 de maio de 2011

DESMATAMENTO: MATA ATLÂNTICA


O bioma da Floresta Atlântica, com uma área de um pouco mais de 1 milhão de km², estende-se pelo litoral brasileiro entre o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul. Atualmente, restam apenas 7,9% em áreas acima de 100 hectares e 11,6% se considerarmos os fragmentos de três hectares com sua cobertura florestal. Terras descontínuas, resultado de cinco séculos de colonização, da expansão da agricultura e da rede urbana do Brasil. A Floresta exibe-se como uma paisagem, nas quais as áreas remanescentes da mata atlântica apresentam-se como fragmentos (ou “ilhas” de florestas) imersos a paisagens secundárias diversas, formando os “arquipélagos” de florestas<br />
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O novo Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica, lançado pela ONG SOS Mata Atlântica e pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) depois de dois anos de levantamento – biênio 2008/2010 – na véspera do dia da Mata Atlântica, identificou uma área desmatada da Floresta Atlântica na ordem de 312 km² ao longo da costa litorânea brasileira. As causas atuais de acordo com o levantamento são: assentamentos agrários mal realizados, especulação imobiliária, queima do eucalipto para a produção de carvão, expansão da fronteira agrícola e obras governamentais, como a construção de portos e anéis viários. Nos novos dados, o desmatamento da floresta Atlântica reduziu em 55% se comparado ao levantamento anterior e que o Rio de Janeiro, que era o estado que mais desmatava, já não lidera o novo ranking.<br />
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Os Quatorzes estados que mais desmataram a Mata Atlântica no biênio 2008/2010 de acordo com os dados levantados foram:<br />
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<b>Hectares de área desmatada:</b><br />
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1- Minas Gerais:         12.467 <br />
2- Bahia:                        7.725<br />
3- Santa Catarina:        3.701<br />
4- Paraná:                      3.248<br />
5- Rio Grande do Sul:   1.864<br />
6- São Paulo:                    569<br />
7- Goiás:                            320<br />
8- Pernambuco:                253<br />
9- Rio de Janeiro:             247<br />
10- Espírito Santo:            237<br />
11- Sergipe:                      224<br />
12- Ceará:                         188<br />
13- Mato Grosso do Sul:  117<br />
14- Alagoas:                         24<br />
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De acordo com Márica Hirota coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica, a chave para a redução do desmatamento está no respeito a Legislação vigente para a mata atlântica e a elaboração de plano de zoneamento municipal, o que não ocorre na maior parte dos municípios brasileiros que abrigam 65% da população brasileira, em mais de 3000 municípios com ocorrência de mata Atlântica.

sábado, 21 de maio de 2011

ORIENTE MÉDIO: QUESTÃO PALESTINA

O Oriente Médio está situado em uma área de confluência entre os continentes asiático, europeu e africano. É uma das regiões mais problemáticas do mundo e fonte de "novos conflitos", devido a fatores político, econômico, diferenças étnicas, religiosas, hídricas, territoriais e das interferências externas em questões internas, como  exemplo, podemos citar:

ü  Em 1921, que por interesse britânico foi criado o Iraque, unindo povos antagônicos: Xiitas, Sunitas e Curdos em um mesmo território
ü  Em 1923 reconhece os novos limites entre o Kuwait, ampliando o território kuwaitiano;
ü  A criação dos estados de Israel e Palestina em 1948, pela ONU, em uma seção presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, e nas ultimas décadas do século XX e início do século XXI as interferências forte nesta região dos “Falcões Norte-americanos”.

Neste sentido, os noticiários sobre a questão territorial palestina no solo sagrado de Canaã, as declarações de reconhecimento do Estado Palestino em territórios ocupados por Israel pós-guerra de 1967  pelo governo brasileiro em dezembro de 2010 - exemplo seguido pelos países que integram o MERCOSUL-,  o discurso de Barack Obama,  pronunciado na quinta feira, 19 de Maio de 2011, são exemplos claros de apoio aos palestinos em sua luta pelo reconhecimento do Estado palestino pela  ONU.

Barack Obama se referiu ao processo de paz entre palestinos e judeus com o seguinte discurso.

Cabe a israelenses e palestinos agir. Nenhuma paz pode ser imposta a eles, e atrasos intermináveis não farão com que a situação se resolva. Mas os EUA e a comunidade internacional podem expressar com fraqueza aquilo que todos sabem: uma paz duradoura deve envolver dois estados para dois povos. Israel será o Estado judaico e a pátria dos judeus, e a Palestina será a pátria do povo palestino; cada um deles deve gozar do direito de autodeterminação, do reconhecimento mútuo e da paz.”

O reconhecimento por parte de alguns países do estado Palestino, as ações do governo democrata mais aberta ao diálogo com o mundo muçulmano e a postura favorável norte-americana com relação à questão palestina, vem surpreendendo o mundo islâmico e o governo israelense.

Esta surpresa se deve à pequena mudança da política externa dos EUA para o Oriente médio que está sendo empregadas de forma gradual, buscando não intemperizar as relações com os velhos parceiros e novos parceiros (Arábia Saudita, Israel,Turquia, Iraque...)

É óbvio que a solução para a questão territorial palestina é um grande passo para que outros problemas no Oriente médio venham ser resolvidos (se é que seja possível). É verdade que causas não faltam para “novos conflitos”: como o petróleo (o principal), água, antagonismo religioso... Mas temos que começar, e a atenção que o mundo está a dá a questão palestina pode ser um grande começo para um processo inicial de paz na região mais tensa do mundo, ou um início para um “Novo” problema ou não.

sábado, 14 de maio de 2011

NOVOS ESTADOS E TERRITÓRIOS

A aprovação por parte da câmera dos deputados de uma realização de plebiscito, para criação de três novas unidades no estado do Pará, reascendeu o debate sobre os diversos projetos de separação e criação de novas unidades na República Federativa do Brasil que estão tramitando no congresso nacional, em Brasília. Os debates com defesas, críticas e argumentações de caráter político-econômicas bem embasadas pelos diversos agrupamentos econômicos e políticos interessados, vem levantando muitos questionamentos.

Dentre os projetos para a criação de novos Estados e Territórios por esse Brasil de brasileiros desinformado - sobre os ônus e os bônus, com relação a essa matéria, ou por falta de interesse ou pelo fato de não terem sido atraído pelos grupos políticos e econômicos - para discussão sobre o tema, podemos enumerar os seguintes projetos por regiões:

• Região Norte: Nos Estados do Amazonas (Territórios Federais do Rio Negro, do Solimões e do Juruá), Amapá (Território Federal do Oiapoque) e Pará (Estados de Tapajós e Carajás)Projeto este, que foi rejeitado em votação pelos eleitores do Pará, em um plebiscito em 2011;
• Região Centro - Oeste: Nos Estados do Mato Grosso (Estados do Mato Grosso do Norte e Araguaia), Mato Grosso do Sul (Território Federal do Pantanal);
• Região Sudeste: Abrangendo terras dos Estados de Goiás e Minas Gerais (Estado do Triângulo);
• Região Nordeste: Nos Estados do Maranhão (Estado do Maranhão do Sul), Bahia (Estado do São Francisco) e no Piauí ( Estado do Gurguéia ).

Com relação ao projeto para a criação do Estado do Gurguéia no Piauí, tramita no Congresso Nacional o projeto de Decreto Legislativo nº 55, de 2007 que institui plebiscito sobre a criação do Estado do Gurguéia. De acordo com o projeto, o futuro Estado do Gurguéia apresentará as seguintes características do ponto de vista territorial:

Com uma área de 153.117 Km², o Estado do Gurguéia representará 60,87% do atual território piauiense. O Gurguéia se Limitará:

• AO NORTE: Pelo Piauí (Municípios de Floriano, Nazaré do Piauí, Colônia do Piauí, Santo Inácio do Piauí, Isaias Coelho, Patos do Piauí, Jacobina do Piauí e Betânia do Piauí).
• AO SUL: O Gurguéia terá como Limites os Estados da Bahia e do Tocantins;
• A LESTE: O limite será o Estado de Pernambuco;
• A OESTE: O limite será o Estado do Maranhão.

Para os defensores da criação do Estado do Gurguéia, a divisão deve seguir exemplos de outros estados que deram certo, e do ponto de vida econômico esta área sul do Piauí que faz parte da região conhecida como Mapitoba, sendo responsável por 15% da produção de grãos de soja do Brasil (última fronteira agrícola) vem despertando mais interesse da classe política em defender os interesses econômicos desta região. O sul, hoje não tão esquecido pelo Estado. Será que é este o caminho certo para a sociedade piauiense? Quem viver verá ou não...