sábado, 26 de março de 2011

A VISITA DE BARACK OBAMA

Nos últimos 90 anos de história entre Brasil e Estados Unidos, O Presidente Barack Obama, tornou-se o 10º presidente dos Estados Unidos a visitar o Brasil desde a primeira visita, a do presidente Herbert C Hoover, em 1928, seguidas pelos presidentes Franklin Roosevelt em 1936 e 1943; do presidente Harry S Truman em 1947; Dwinht D Eisenhower em 1960; Jimmy Carter em 1978; do ex-ator e presidente Ronald Reagan em 1982; George W. Bush (pai) em 1990 e no Rio-92; de Bil Clinton em 1997; George W Bush (filho) em 2005 e 2007. Em todas estas visitas, gafes e declarações desastrosas foram marcantes, típicas de uma relação entre um centro e uma periferia oscilando entre um diálogo amistoso e a indiferença nada sutil.

Em outro contexto Mundial - o da Globalização econômica - Barack Obama sedimenta uma maior aproximação econômica com o Brasil e vem trabalhando para deixar de lado as divergências políticas e buscar mercado para sua indústria. A viagem que o presidente dos Estados Unidos fez pela primeira vez a América do Sul, especialmente ao Brasil, teve um apelo econômico (interesses comuns entre as duas nações na exploração de petróleo da camada Pré-sal, investimento em infra-estrutura para os jogos olímpicos, no estímulo ao comércio bilateral e na cooperação em educação e tecnologia) na busca de oportunidades de negócios em uma região em crescimento, e que a China e a Argentina numa escala menor, estão ocupando os espaços das empresas norte-americanas

A viagem de cinco dias pelo Brasil, Chile e El Salvador, apesar do terremoto no Japão e da crise líbia, refletiu o importância da economia brasileira no cenário americano, com o crescimento das trocas comerciais entre os países do Mercosul e com os países de fora do Mercosul. O Brasil é o principal destino das exportações argentinas e o principal fornecedor da Argentina. Em 2010, o intercâmbio bilateral chegou a cerca de US$ 33 bilhões, superando o recorde histórico de US$ 30,8 bilhões, registrado em 2008, sendo que mais de 80% do intercâmbio comercial é composto por bens industrializados e com a China que passou a ser o maior sócio comercial do Brasil há dois anos e o maior investidor no ano de 2010.

Os interesses econômicos com uma das economias mais sólidas e em crescimento da América Latina e a necessidade dos Estados Unidos que gerar empregos em seu país no processo de sair da crise que ainda é presente. Além dos interesses geopolíticos já que o Brasil se tornou uma peça importante nas relações diplomáticas do tabuleiro da América Latina, foram às razões principais para uma “BOA VIAGEM”

sábado, 19 de março de 2011

A QUESTÃO DA ÁGUA NA GEOPOLÍTICA ATUAL

Hidrografia é a ciência que estuda todas as águas e sua distribuição pelo planeta Terra. Os dados obtidos do estudo da distribuição dos máres, oceanos, rios e lençóis aqüíferos e suas dinâmicas, servem para buscar formas responsáveis de aproveitamento para fins de navegação, de geração de energia, de abastecimento urbano, das atividades agrícolas e industriais, assim como no lazer. Os estudos oceanográficos realizados na Amazônia Azul brasileira têm sido úteis para pesquisas submarinas, e a descoberta de petróleo e gás natural, que vem colocando o Brasil como uma potência-futura em hidrocarneto líquido (petróleo).

Dos 100% do volume global de água da Terra, cerca de 71% abrangem oceanos e mares. O restante, cerca de 2,7;das águas continentais se encontram distribuída em: água doce congelada (geleiras e calotas polares) que corresponde a 77,2% das águas continentais; a água doce armazenada no subsolo (lençóis freáticos e poços), 22,4% e superficiais como a água dos pântanos e lagos, 0,35%; a água da atmosfera, 0,04% e a água dos rios, 0,01

A água é um recurso hídrico, que se transformou em uma questão de estado, em função de sua importância para vida e para a economia dos Estados-nações em todo mundo. Desta forma, o Brasil, após um longo debate, aprovou a Lei das águas (Lei 9.433/97) e criou a ANA (Agência Nacional de águas), que entrou em funcionamento, praticamente, no início de 2001, com a missão de implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, previsto na Constituição de 1988, cujo o funcionamento assegurará o uso múltiplos da água de forma sustentável e que venha atender os vários agrupamentos sociais e econômicos, dos nossos rios para atual e de futuras gerações.

No Brasil, quase doze mil rios escorrem pelo território nacional – mais de 70% deles nas bacias da região norte –, formando as doze regiões hidrográficas brasileiras. No subsolo, dois aqüíferos – O Guaraní e o Alter Chão – guardam quase 120 mil Km cúbicos de água. Neste sentido, a Lei 9.433/97, Lei das águas, estabelece diretrizes para a atuação da ANA (Agência Nacional de Águas) adotar os conceitos de decisão descentralizada e de forma participativa sobre os recursos hídricos que formam as bacias hidrográficas, que de acordo a ANA e a Lei de Águas, são consideradas unidade territoriais privilegiada

As Bacias hidrográficas são formadas por rios (afluentes e subafluentes) que deságuam num curso principal de água. Os rios têm grande importância econômica; eles irrigam terras agrícolas, abastecem reservatórios de água urbanos, fornecem alimentos, produzem energia e possibilita a navegabilidade. Cerca de 97% da energia elétrica produzida no Brasil é gerada em hidrelétricas. Somente a Bacia Platina possui cerca de 60% das hidrelétricas em operação ou em construção. O país aproveita, no entanto, apenas uma pequena parte do seu potencial hidráulico. O alto custo de construção de uma usina, somada aos problemas sociais e ambientais decorrentes do alagamento de grandes áreas, desestimula a instalação de novas hidrelétricas

A região amazônica é o exemplo mais claro dessa dificuldade. Apesar de ter o maior potencial hidrelétrico do país, seus rios são pouco apropriados para a construção de usinas por correrem em regiões muito planas, que requerem o alagamento de áreas mais extensas, como por exemplo, a Usina de Balbina, no estado do Amazonas, precisou inundar 2.360 km² para produzir 250 mw de energia (relação custo-benefício negativo) e as Usinas de Jirau, Santo Antônio - no curso do rio Madeira (Rondônia) - e Belo Monte, no curso do rio Xingu, no Pará, irão drenar extensas áreas, produzindo impactos sócio-ambientais de toda ordem.