quinta-feira, 21 de julho de 2011

GRÉCIA: CRISE ECONÔMICA

Aspectos Gerais

Nome Oficial: República Helênica
Capital: Atenas
Área: 131.957 km2
População (2008) 11 milhões de habitantes
Idioma: Grego
Principais religiões: Cristianismo - 98% (97,5% ortodoxos gregos; 0,4% católicos; 0,1% protestantes; Islamismo; 1,5%; outras - 0,5%.
Sistema de Governo: República Parlamentarista
Primeiro Ministro: George Papandreou

Geografia

Localização e superfície

A Grécia é uma península, que se estende sobre o mar, ao sul dos Bálcãs, com um prolongamento no mar Mediterrâneo Oriental. Sua conformação atual abrange uma área de 131.957 quilômetros quadrados, apresentando um contorno litorâneo de 15.021 quilômetros, o que a torna um dos países com maiores extensões litorâneas do mundo.

A Grécia é aproximadamente do tamanho do estado do Amapá. Inúmeras ilhas, cerca de 3.000, grandes e pequenas, estão espalhadas ao redor da Grécia Continental, nos mares Egeu e Jônico, tendo a ilha de Creta como guardiã ao sul do mar Egeu. As maiorias das ilhas apresentam terreno irregular e acidentado e cerca de 200 são habitadas. A Grécia faz fronteira com a Albânia (281 km), República da Macedônia - Fyrom (246 km), Bulgária (494 km) e Turquia (206 km).

População, centros urbanos e economia

A Grécia tem uma população de 11 milhões de habitantes, segundo o censo de 2008. A densidade populacional média é de 83,1 habitantes por km2. Estima-se que os gregos que residem fora do país equivalem a quase 40% da atual população da Grécia. No passado, os principais destinos de emigração eram os EUA, a Austrália e a Alemanha. A taxa de crescimento anual da população é bastante diminuta, cerca de 0,10%, em 2001.

A população grega é de raça branca, embora encontrem pessoas de pele escura devido à mestiçagem ocorrida durante a dominação turca. Outros grupos étnicos, além da maioria grega, são os macedônios, albaneses, búlgaros, armênios, turcos e ciganos.

A língua oficial e mais falada é o grego moderno, que conserva os mesmos caracteres gráficos do grego clássico, mas é sintaticamente mais simples. O tipo de povoamento rural compreende desde pequenas comunidades montanhesas, semelhantes às da Europa Central, até as maiores do sul e de Creta, semelhante às do norte da África.

O desenvolvimento econômico e a influência do turismo favoreceram o êxodo do campo para a cidade, o que determina uma concentração de mais de dois terços da população nas zonas urbanas. A principal cidade é Atenas, a capital, que com seu porto, o Pireu, constitui a maior concentração demográfica da Grécia e um importante centro industrial e portuário. Seguem- se em importância, Tessalônica, na Macedônia, e Heracléia (Cândia) em Creta. Com exceção de Chipre, sul da Albânia e Turquia, não há grupos gregos nos países vizinhos, mas há importantes comunidades gregas no oeste da Europa, na América e na Austrália.

Os limitados recursos econômicos da Grécia sempre foram motivo de migração. Enquanto no período clássico ela se dirigia para o resto do Mediterrâneo, nos tempos modernos se voltou para os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Alemanha e Bélgica.
A Grécia apresenta uma economia pequena, entretanto aberta. A base industrial sempre foi relativamente pequena comparada com os demais países do Bloco. Embora a contribuição da agricultura, silvicultura e pesca ao PIB tenha declinado nos últimos anos, o setor ainda é o de maior crescimento. O setor de serviços, incluindo o turismo, é o maior setor da economia grega e o que apresenta crescimento mais rápido, representando 60% do PIB.

Cronologia Histórica

1829 – Independência da Grécia.
1913 – Guerras entre a Grécia e a Turquia levam à anexação da Macedônia e Trácia pelos gregos.
1917 – O país ingressa na I Guerra Mundial ao lado dos Aliados.
1920 – Plebiscito restaura a monarquia; George II assume o trono em 1922.
1924-1935 – Segue-se um curto período republicano.
1935 – George II é recolocado no trono graças a novo plebiscito.
1941 – A Grécia é ocupada pelos alemães; o Rei se exila em Londres.
1944 – A União Soviética expulsa os nazistas dos Bálcãs.
1946 – Novo plebiscito reinstala George II no trono.
1949 – George II favorece o estabelecimento de um governo de extrema direita, o que dá início a uma guerra civil contra os soviéticos.
1967 – Com apoio dos EUA, militares liderados por Georgios Papadopoulos dão golpe de Estado e instauram ditadura militar, reforçando repressão anticomunista.
1973 – Militares decidem abolir monarquia, desencadeando onda de protestos no ano seguinte; governo é devolvido aos civis.
1974 – Inicia-se a redemocratização, chefiada por Costas Karamanlis. Plebiscito rejeita retorno da monarquia.
1975 – Com nova Constituição, a Grécia é uma democracia republicana parlamentar.
1976 – O grego se torna língua oficial.
1980 – Costas Karamanlis é eleito Presidente do país.
1981 – A Grécia adere à Comunidade Econômica Européia
2004 – Jogos Olímpicos em Atenas.
2004 – O conservador Partido Nova Democracia liderado por Costas Karamanlis assumiu as rédeas do governo a partir do Movimento Socialista Pan-Helênico (PASOK), após uma vitória nas eleições no início de março.
2007 – Karamanlis vence as eleições. Afirma que prosseguirá com a política de reformas e fará da unidade nacional uma prioridade.
2008 – Escândalos políticos resultam na demissão de membros do alto escalão do Governo Karamanlis. Em dezembro, a morte de um estudante por um policial desencadeia manifestações violentas em diversas cidades
2009 – O Governo grego enfrenta a uma importante crise econômica e das finança públicas. A Taxa de desemprego de 9,5%
2010 - A crise econômica se agrava, e o país passa ser mais um na União Européia, a passa por um desequilíbrio fiscal devido à crise financeira global que atingiu as economias centrais a partir do Subprime, nos EUA. Para sair da crise, o governo, aprova um plano de austeridade econômica, que prevê uma economia de 30 bilhões de euros - 11% do PIB do país -, com o objetivo de reduzir o déficit público abaixo de 3% em 2014 e, assim, evitar a quebra do país...

CAUSA

- Acúmulo de uma dívida de 300 bilhões de euros e um déficit fiscal em 2009 de 13,6%, bem acima do teto fixado pelo Tratado de Maastricht para os países da zona do euro, que situa o Produto Interno Bruto (PIB) em 3%.Ou seja, gastando acima da capacidade de pagamento.

Fonte: Minstério das Relações Exteriores (DPC)