segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CRESCIMENTO DA MALHA URBANA DE TERESINA



Teresina, a “Cidade Verde”, uma belíssima Cidade, principalmente o centro antigo, com poucos dos seus casarões do século XIX ainda preservados, uma cidade planejada em sua gênese com suas ruas centrais no sentido horizontal (sentido Leste-Oeste) e verticais (Norte-Sul) desde sua fundação em 1852, vem passando por transformações produzidas por sua sociedade e sua dinâmica econômica, ao longo do seu tempo-histórico.


Inicialmente uma cidade mesopotâmica – entre os rios Parnaíba e Poty – com um relevo relativamente plano, bons pastos e água, fatores para o desenvolvimento da pecuária, além de uma situação geográfica favorável, na margem do rio Parnaíba e na porção centro-norte que contribuiu para se tornar a principal cidade do Meio-norte, ainda no final do século XIX.O Estado do Piauí, que tinha a Pecuária como a principal atividade econômica, no final do século XIX e início do Século XX, experimentou as consequências do fim de um certo isolamento, para se inserir em um novo patamar econômico a nível de Brasil de Mundo com os ciclos da Maniçoba, do babaçu e a carnaúba (1900 a 1950)


Neste momento, Teresina, como outras cidades como Parnaíba e Floriano, passa por transformações na sua dinâmica urbana. Teresina experimenta, a partir da década de 1950, a conviver com um processo de crescimento horizontal, indo além da situação entre rios. A construção da ponte sobre o rio poty, possibilitou uma ocupação mais intensa na chamada zona leste, os bairros formais; Para a porção boreal de Teresina a construção da Avenida Centenário contribuiu par uma ocupação mais efetiva do solo urbano; Para o rumo meridional de Teresina, os prolongamentos das avenidas Barão de Gurguéia e Miguel Rosa “casou” com a política de grandes conjuntos habitacionais do final da década de 1960 e toda década de 1970.


Como exemplo, neste período, temos a construção dos conjuntos longe do centro antigo: O Conjunto Parque Piauí, Bela vista I, Itararé (posteriormente Dirceu Arcoverde); No início dos anos 80, os Promorás norte e sul e o Mocambinho. Nesta mesma década, uma nova relação entre o poder público e a sociedade civil ganha um novo contexto, com o surgimento dos movimentos sociais organizados na luta pelo o teto: A FAMCC e a FAMEPI que passam, juntamente com outras instituições, a organizarem ocupações no solo urbano de Teresina, intensificando de forma mais acentuada, o surgimento dos espaços informais (Vilas e Favelas). 


Da década de 1990 até os dias atuais, surgiram novas dinâmicas de expansão do espaço urbano de Teresina. Concomitantemente a Verticalização ao longo da orla marginal do rio Poty em Teresina, intensifica-se com a especulação imobiliária o crescimento horizontal, com a comercialização de loteamentos, conjuntos habitacionais e condomínios residências que estão cada vez mais longe do centro antigo, que serve como parâmetro para cálculo de distâncias dos futuros moradores destas novas áreas urbanas.