As regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste compõem-se de um mosaico de tipos de vegetação, solo, clima e topografia bastante heterogêneos. O Cerrado, que é a segunda maior formação vegetal do Brasil com 1.890.278 km2 espalhados por 10 estados, é um tipo savana tropical na qual a vegetação herbácea coexiste com árvores e arbustos espaçadas, em um solo do grupo Latossolos amarelo, caracterizado como sendo antigo, profundo, ácido, de baixa fertilidade, com altos níveis de ferro e alumínio.
Este bioma também se caracteriza por suas fisionomias diferenciadas, que vão desde a formação arbórea densa, até ocorrências de campos em que árvores arbustivas se encontram espaçadas, predominando entre elas, extratos herbáceos com progressiva redução da densidade vegetal. Ao longo dos rios há fisionomia arbórea mais densa, conhecida como florestas de galeria ou matas ciliares. Essa heterogeneidade, ao longo do Planalto Central, abrange a fauna, além de uma abundância de microorganismos.
O Bioma Cerrado é cortado por três bacias hidrográficas brasileiras: Parnaíba, Tocantins e São Francisco, favorecendo a manutenção de uma biodiversidade rica e surpreendente. Já foram identificadas mais de 10 mil espécies de plantas diferentes, com um elevado grau de endemismo. O Cerrado está adaptado ao clima tropical (Aw), com uma estação úmida e quente (verão) e uma seca e fria (inverno). O perfil topográfico da região varia entre plana e suavemente ondulada, destacando as chapadas (relevo tabular) que favorece o avanço da sojicultura
O processo de expansão da sojicultura e mais recentemente da Cana-de-açúcar nas áreas nativas, as chamadas últimas fronteiras agrícolas, ocorre com a soja desde a década de 1970 pelo Centro-Oeste, na década de 1980, avançou no Nordeste e na década de 1990 chega à região Norte. No nordeste brasileiro o Oeste da Bahia, o Sul e o Sudoeste do Piauí e o Centro-Sul do Maranhão, são as áreas em que formam o pólo de Grãos nordestino.