segunda-feira, 25 de julho de 2011

G-20

Desde 1999, os países que possuem as maiores economias do mundo reúnem-se em um grupo chamado de G-20. Nascido durante uma reunião do G-8 (as sete maiores economias influentes do mundo mais a Rússia),o G-20 vem se tornando desde então o principal “espaço” para discutir temas de ordem econômica global, pois o crescimento das economias emergentes mesmo com a recente crise tem fortalecido a defesa de uma cooperação e participação internacional mais representativa.

Os países emergentes do G-20 defendem uma maior participação das economias em desenvolvimento nas Instituições importantes como o FMI e o BIRD ou Banco Mundial. Esta nova postura das “novas economias” foi expressa na declaração dos líderes, na Cúpula de Pittsburgh, em 2009, para incluir as principais economias emergentes nos seus esforços em coordenar e monitorar o progresso no fortalecimento da regulamentação financeira. Este pleito é fruto dos resultados políticos das mudanças na divisão internacional do trabalho, pois a maior parte dos membros que se uniram ao G8 são países sub-centrais.

O G-20 é composto pelos Ministros da área econômica e presidentes dos bancos centrais de 19 países: os que formam o G8 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia, e ainda 11 emergentes: Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul e Turquia. Além do bloco da UE, representado do pelo BC Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, assim como os Comitês Monetários e Financeiros Internacional e de Desenvolvimento, por meio de seus representantes, também tomam assento nas reuniões do G-20.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ESPANHA - CRISE ECONÔMICA

Dados Básicos

Capital: Madri
Área: 504.880 km²
População (2008) 45,5 milhões de habitantes
Idiomas: Espanhol castelhano (oficial): 74%; catalão: 17%; galego: 7%; basco: 2%
Etnias: Mediterrâneos e nórdicos
Principais Religiões: Catolicismo: 79,4%; outras religiões: 2,3%; não se identifica com nenhuma religião: 17%
Sistema Político: Monarquia parlamentarista
Chefe de Estado: Rei Juan Carlos I (desde 1975)
Primeiro Ministro: Presidente José Luis Rodriguez Zapatero (PSOE); desde abril de 2004
PIB (2008) US$ 1,61 trilhão
PIB “per capita” (2008) US$ 35,40 mil

Geografia

Localização e superfície

A Espanha, que possui uma área de 504.880 km², segundo maior país da União Européia, é um país que está situado na Península Ibérica, porção ocidental da Europa, Seu território faz fronteira; ao sul e a leste: Mar Mediterrâneo, e o Estreito de Gibraltar (Britânico); ao norte: França, Andorra e pelo Golfo de Biscaia; a oeste e Noroeste: Portugal e o Oceano Atlântico. Além das Ilhas Baleares ( Mar Mediterrâneo) e as Ilhas Canárias ( Oceano Atlântico), e Ceuta e Melilla ( Cidades autônomas, no norte do Continente africano).

Dinâmica Populacional e econômica

A população se encontra distribuída de forma irregular pelo seu território (Causas: processo histórico, econômico e físico), com maior concentração ao norte (região da Catalunha até a Galícia) e ao sul na fachada mediterrânea; no centro do país, há uma menor concentração populacional, exceto Madrid, a capital nacional. Criada por Felipe II em 1561. Sua população de 45,5 milhões de habitantes (2008) tem crescido em boa parte graças ao fenômeno da imigração e de uma política natalista que permitiu, no final do XX e início do século XXI, uma retomada do crescimento de 3% ao ano, o que é importante num país onde predomina uma população de velhos e adultos. No aspecto econômico, a Espanha tem como principais atividades: A indústria da construção civil, em crise desde 2008, que representou em 2007 11% da economia e a que mais gera empregos diretos; logo em seguida vem a Indústria do Turismo, que vem sendo afetado pela crise européia. E, por último, a Indústria automobilística totalmente controlada pelas multinacionais.

Cronologia Histórica

1873 - Proclamação da I República Espanhola
1888 - Fundação da União Geral de Trabalhadores e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE)
1898 - Guerra Hispano-Americana, perda dos territórios de Cuba e Filipinas
1914 - Neutralidade espanhola na I Guerra Mundial
1923 - Início da ditadura do General Primo de Rivera (até 1930)
1931 - Proclamação da II República Espanhola, em abril
1936 - Início da Guerra Civil Espanhola, entre nacionalistas e republicanos
1939 - Início do governo ditatorial do General Francisco Franco (até 1975); Espanha permanece neutra na II Guerra Mundial
1945 - Espanha tem seu ingresso negado pela ONU
1955 - Admissão da Espanha na ONU
1960 - Fase de crescimento econômico; surgimento de grupos terroristas como o ETA e o FRAP
1962 - Espanha solicita sua entrada no Mercado Comum Europeu
1973 - Assassinato do PR Luis Carrero Blanco, pelo ETA
1975 - Morte do General Francisco Franco, em novembro; início da transição para a democracia (até 1982),com o Rei Juan Carlos I; Adolfo Suárez é designado PR de Governo pelo Rei Juan Carlos
1978 - Promulgação da Constituição democrática (ainda em vigor)
1982 - Eleição de Felipe González, do PSOE, à Presidência de Governo
1986 - Adesão da Espanha à Comunidade Econômica Européia
1992 - Jogos Olímpicos de Barcelona
1996 - Partido Popular vence eleições gerais, liderado por José María Aznar
1999 - Adesão da Espanha à União Econômica e Monetária Européia
2000 - Eleições gerais: maioria do PP. Aznar continua à frente do Governo
2002 - Entra em vigor do euro como moeda única européia
2003 - Aznar apoia invasão do Iraque e envia tropas para combate na região
2004 - Séries de atentados terroristas em Madri matam 191 pessoas; PSOE ganha as eleições e José Luís Rodríguez Zapatero tornam-se Presidente do Governo; Zapatero toma como primeira medida a retirada das tropas do Iraque
2006 - ETA anuncia cessar-fogo permanente em toda região espanhola
2007 - Atentado a bomba põe fim às negociações entre os separatistas e o Governo de Madri; Carro-bomba explode na Universidade de Pamplona
2008 a 2010 - A Economia espanhola foi fortemente atingida pelos efeitos da crise econômica internacional,

Causas da crise

- A crise das hipotecas dos Estados Unidos(2007) afetou de forma indireta ao mercado imobiliário espanhol.(Principal atividade econômica), gerando alto índice de desemprego;
- A queda contínua do PIB em 2008, 2009, e um possível 2010;
- Crise e insegurança no setor financeiro, pois os bancos financiaram a maior parte das operações imobiliária
- A taxa de desemprego da Espanha (19%) é mais do que o dobro da média na União Europeia. E a economia do país ainda luta para se recuperar, com o governo cortando gastos para reduzir o déficit no orçamento.

Ministério das relações exteriores - DPC

quinta-feira, 21 de julho de 2011

GRÉCIA: CRISE ECONÔMICA

Aspectos Gerais

Nome Oficial: República Helênica
Capital: Atenas
Área: 131.957 km2
População (2008) 11 milhões de habitantes
Idioma: Grego
Principais religiões: Cristianismo - 98% (97,5% ortodoxos gregos; 0,4% católicos; 0,1% protestantes; Islamismo; 1,5%; outras - 0,5%.
Sistema de Governo: República Parlamentarista
Primeiro Ministro: George Papandreou

Geografia

Localização e superfície

A Grécia é uma península, que se estende sobre o mar, ao sul dos Bálcãs, com um prolongamento no mar Mediterrâneo Oriental. Sua conformação atual abrange uma área de 131.957 quilômetros quadrados, apresentando um contorno litorâneo de 15.021 quilômetros, o que a torna um dos países com maiores extensões litorâneas do mundo.

A Grécia é aproximadamente do tamanho do estado do Amapá. Inúmeras ilhas, cerca de 3.000, grandes e pequenas, estão espalhadas ao redor da Grécia Continental, nos mares Egeu e Jônico, tendo a ilha de Creta como guardiã ao sul do mar Egeu. As maiorias das ilhas apresentam terreno irregular e acidentado e cerca de 200 são habitadas. A Grécia faz fronteira com a Albânia (281 km), República da Macedônia - Fyrom (246 km), Bulgária (494 km) e Turquia (206 km).

População, centros urbanos e economia

A Grécia tem uma população de 11 milhões de habitantes, segundo o censo de 2008. A densidade populacional média é de 83,1 habitantes por km2. Estima-se que os gregos que residem fora do país equivalem a quase 40% da atual população da Grécia. No passado, os principais destinos de emigração eram os EUA, a Austrália e a Alemanha. A taxa de crescimento anual da população é bastante diminuta, cerca de 0,10%, em 2001.

A população grega é de raça branca, embora encontrem pessoas de pele escura devido à mestiçagem ocorrida durante a dominação turca. Outros grupos étnicos, além da maioria grega, são os macedônios, albaneses, búlgaros, armênios, turcos e ciganos.

A língua oficial e mais falada é o grego moderno, que conserva os mesmos caracteres gráficos do grego clássico, mas é sintaticamente mais simples. O tipo de povoamento rural compreende desde pequenas comunidades montanhesas, semelhantes às da Europa Central, até as maiores do sul e de Creta, semelhante às do norte da África.

O desenvolvimento econômico e a influência do turismo favoreceram o êxodo do campo para a cidade, o que determina uma concentração de mais de dois terços da população nas zonas urbanas. A principal cidade é Atenas, a capital, que com seu porto, o Pireu, constitui a maior concentração demográfica da Grécia e um importante centro industrial e portuário. Seguem- se em importância, Tessalônica, na Macedônia, e Heracléia (Cândia) em Creta. Com exceção de Chipre, sul da Albânia e Turquia, não há grupos gregos nos países vizinhos, mas há importantes comunidades gregas no oeste da Europa, na América e na Austrália.

Os limitados recursos econômicos da Grécia sempre foram motivo de migração. Enquanto no período clássico ela se dirigia para o resto do Mediterrâneo, nos tempos modernos se voltou para os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Alemanha e Bélgica.
A Grécia apresenta uma economia pequena, entretanto aberta. A base industrial sempre foi relativamente pequena comparada com os demais países do Bloco. Embora a contribuição da agricultura, silvicultura e pesca ao PIB tenha declinado nos últimos anos, o setor ainda é o de maior crescimento. O setor de serviços, incluindo o turismo, é o maior setor da economia grega e o que apresenta crescimento mais rápido, representando 60% do PIB.

Cronologia Histórica

1829 – Independência da Grécia.
1913 – Guerras entre a Grécia e a Turquia levam à anexação da Macedônia e Trácia pelos gregos.
1917 – O país ingressa na I Guerra Mundial ao lado dos Aliados.
1920 – Plebiscito restaura a monarquia; George II assume o trono em 1922.
1924-1935 – Segue-se um curto período republicano.
1935 – George II é recolocado no trono graças a novo plebiscito.
1941 – A Grécia é ocupada pelos alemães; o Rei se exila em Londres.
1944 – A União Soviética expulsa os nazistas dos Bálcãs.
1946 – Novo plebiscito reinstala George II no trono.
1949 – George II favorece o estabelecimento de um governo de extrema direita, o que dá início a uma guerra civil contra os soviéticos.
1967 – Com apoio dos EUA, militares liderados por Georgios Papadopoulos dão golpe de Estado e instauram ditadura militar, reforçando repressão anticomunista.
1973 – Militares decidem abolir monarquia, desencadeando onda de protestos no ano seguinte; governo é devolvido aos civis.
1974 – Inicia-se a redemocratização, chefiada por Costas Karamanlis. Plebiscito rejeita retorno da monarquia.
1975 – Com nova Constituição, a Grécia é uma democracia republicana parlamentar.
1976 – O grego se torna língua oficial.
1980 – Costas Karamanlis é eleito Presidente do país.
1981 – A Grécia adere à Comunidade Econômica Européia
2004 – Jogos Olímpicos em Atenas.
2004 – O conservador Partido Nova Democracia liderado por Costas Karamanlis assumiu as rédeas do governo a partir do Movimento Socialista Pan-Helênico (PASOK), após uma vitória nas eleições no início de março.
2007 – Karamanlis vence as eleições. Afirma que prosseguirá com a política de reformas e fará da unidade nacional uma prioridade.
2008 – Escândalos políticos resultam na demissão de membros do alto escalão do Governo Karamanlis. Em dezembro, a morte de um estudante por um policial desencadeia manifestações violentas em diversas cidades
2009 – O Governo grego enfrenta a uma importante crise econômica e das finança públicas. A Taxa de desemprego de 9,5%
2010 - A crise econômica se agrava, e o país passa ser mais um na União Européia, a passa por um desequilíbrio fiscal devido à crise financeira global que atingiu as economias centrais a partir do Subprime, nos EUA. Para sair da crise, o governo, aprova um plano de austeridade econômica, que prevê uma economia de 30 bilhões de euros - 11% do PIB do país -, com o objetivo de reduzir o déficit público abaixo de 3% em 2014 e, assim, evitar a quebra do país...

CAUSA

- Acúmulo de uma dívida de 300 bilhões de euros e um déficit fiscal em 2009 de 13,6%, bem acima do teto fixado pelo Tratado de Maastricht para os países da zona do euro, que situa o Produto Interno Bruto (PIB) em 3%.Ou seja, gastando acima da capacidade de pagamento.

Fonte: Minstério das Relações Exteriores (DPC)

sábado, 16 de julho de 2011

MARANHÃO, PIAUÍ E CEARÁ - ÁREA DA BACIA DO RIO PARNAÍBA

A bacia hidrográfica do rio Parnaíba é uma das mais importantes do Nordeste do Brasil e a maior entre as vinte e cinco bacia desta região. De acordo com o Plano Nacional de Recursos Hídricos, ocupa uma área de 331.441 Km². Dessa área, cerca de 75%, no Piauí; 20% no Maranhão, 4% no Ceará e 1% na área em litígio, entre Piauí e Ceará.

A bacia do rio Parnaíba, faz divisa com os estados da Bahia, Pernambuco e Tocantins, limitando-se ao sul com a bacia do rio São Francisco, a oeste com a bacia do rio Itapecuru e a leste com as bacias dos rios Jaguaribe-Acaraú. Ao todo a bacia possui 256 municípios. A bacia do rio Parnaíba é dividida em sete sub-bacias, nomeadas por seus rios principais e características ambientais, são elas: sub-bacia do rio Uruçuí-Preto, rio Gurguéia, rio Itaueira, rio Canindá, rio Potí, rio Longá e o do rio Balsas-Ma.

O rio Parnaíba possui cerca de 1.400 Km de comprimento das suas nascentes até a foz - do tipo Delta - no oceano Atlântico, onde identificamos três curso de rio: Alto Parnaíba, desde a nascente do rio Parnaíba na chapada das Mangabeiras até o encontro com o rio Gurguéia; O Médio Parnaíba, desse local até juntar-se ao rio potí, em Teresina e o Baixo Parnaíba, desse ponto até sua foz no oceano Atlântico.

A vegetação da Bacia do rio Parnaíba

A Bacia do Parnaíba localiza-se numa região de contato entre três dos principais biomas brasileiros: a Caatinga, o Cerrado e a Amazônia. Esse fato gera mudanças na vegetação ao longo do rio, que aumentam a diversidade de suas plantas e animais, ou seja, sua diversidade biológica.

Ao longo de toda a bacia do rio Parnaíba ocorre pelo menos cinco ambientes diferentes e suas respectivas transições/contatos na bacia: Formações pioneiras (Mangue e Restinga, na região litorânea), Floresta de Babaçu, Cerrado, Caatinga e regiões de contato. Todos estes ambientes associados encontram-se atualmente ameaçados em função de diversas pressões que vêm sofrendo.

As principais formações de contato são constituídas pela transição entre o cerrado e a Caatinga e entre a Caatinga e a Floresta de Babaçu. Ou seja, essas formações vegetais apresentam espécies de plantas misturadas entre si e são chamadas de formações de contato ou ecótonos.

Unidades de Conservação

A bacia do rio Parnaíba apresenta um conjunto de 19 Unidades de Conservação, tanto federais, quanto estaduais. Destas cerca de 20,07% são formadas conjuntamente pela área da APA da Chapada do Araripe com representação do biomas de Cerrado e Caatinga, 60,03% somente pelo Cerrado, 13,45% somente pela Caatinga, menos de 0,5% em áreas de transição Cerrado/Caatinga e 6,08% por Mangues e Restingas.Outras formações, como floresta de Babaçu (Ombrófila) e as Matas Ciliares, também se encontram protegidas legalmente na região, porém em pequenas áreas.

As mais importantes unidades de conservação federais e estaduais localizadas na bacia do rio Parnaíba

1- Parque Nacional de Sete Cidades (Transição Caatinga/Cerrado): localizado entre os municípios de Piripiri e Piracuruca, no nordeste do Estado do Piauí;
2- Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba (Cerrado): Abrange os municípios dos estados do Piauí ( Gilbués, Barreiras do Piauí, São Gonçalo do Piauí, Corrente),da Bahia (Formosa do Rio Preto), do Maranhão (Alto Parnaíba) e do Tocantins (Mateiros e São Félix do Tocantins);
3- Parque Nacional da Serra da Capivara (Caatinga):localiza-se na Serra do Bom Jesus, município de São Raimundo Nonato, no sul do Piauí;
4- Parque Nacional Serra das Confusões (Caatinga):localiza-se no município piauiense de Caracol
5- Estação Ecológica de Uruçuí-Una (Cerrado): localiza-se ao sul do município de Ribeiro Gonçalves, entre os municípios de Santa Filomena e Bom Jesus;
6- APA da Serra de Ibiapaba (Cerrado e Cerradão), constitui a maior unidade de conservação da área, abrangendo 20 municípios do Piauí e 6 do Ceará;
7- APA da Chapada do Araripe (Caatinga e Cerrado), composta por 10 municípios piauienses, 17 municípios cearenses e 10 municípios pernambucanos, todavia, apenas 30% da APA encontram-se na área da bacia do rio Parnaíba
8- APA do Delta do Parnaíba (Manguezal,Dunas, Restingas e Praias): Abrange terras do Piauí (parnaíba,Ilha Grande e Cajueiro da Praia), Ceará (Chaval e Camucim) e Maranhão (Araiozes e Tutóia)
9- Parque Estadual de Mirador (Cerrado) Localiza-se no Maranhão, no município de Mirador.

Fonte: Relatório de Impacto Ambiental – RIMA- CASTELIANO

sábado, 9 de julho de 2011

BRIC

Na atual época da globalização, há uma interligação entre as economias de todas as nações, os capitais se movem em grande velocidade, bancos e empresas se associam e se fundem em diferentes países e continentes. Esta dinâmica gera situação como a crise que foi iniciada nos Estados Unidos — crise financeira do subprime, em meados de 2007, onde devedores com histórico de inadimplência ou dificuldade de comprovação de renda —, que levou ao “estouro da bolha imobiliária”, com dimensão internacional. Com a economia mais poderosa do planeta debilitada,( economia responsável por cerca de um quarto de tudo que é produzido no mundo) produziu efeitos negativos e afetou todos os mercados em questão de horas. As perturbações e desajustes na economia – queda da produção e da renda, do comercio, dos investimentos e o desemprego–, oriundas da crise do subprime, estão sentidas fortemente nas economias dos EUA e Europa.

Entretanto, apesar da crise internacional, o que chamou atenção do mundo desenvolvido, foi o fato que, um grupo de países chamado BRIC — grupo que reúne os quatro países considerados os maiores mercados emergentes do mundo, que ainda não formam um bloco coeso, sólido, político, com uma iniciativa de livre comércio bem estabelecida, mas caminha para relações comerciais e financeiras —, é estarem enfrentando esta crise sem grandes “traumas” em suas economias”. É fato que, apesar das dificuldades resultantes da crise econômica, as economias dos países que compõe o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) representarão dois terços da economia mundial nos próximos cinco anos, de acordo com analistas internacionais.

Segundo o FMI, os Brics responderam por quase 50% do crescimento mundial entre 2000 e 2008. Até 2014, os quatro países devem ser responsáveis por 61% do crescimento econômico mundial; Segundo, Jim O`Neil, chefe do setor de pesquisa econômica global do Goldman Sachs e criador do termo Bric, afirma que o grupo de países liderará a expansão da economia mundial pelo menos nos próximos três anos e o parecer de um outro economista, Antoine Van Agtmael, criador da expressão “países emergentes”, praticamente coincide com pensamento de O`Niel. Para ele, os efeitos da crise global, com dificuldades e perdas imediatas para todos; mas no pós-crise, o mundo surgirá da reorganização dos mercados e instituições será baseado num modelo bem mais favorável às nações emergentes e, entre elas o Bric.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A AMAZÔNIA AZUL

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), em vigor desde o dia 16 de Novembro de 1994 e que, até fevereiro de 2005, tinha sido ratificado por 148 países, inclusive pelo Brasil, estabelece que, no Mar Territorial, todos os recursos econômicos existentes sobre o leito do mar e no sub¬solo marinho, constituem propriedade exclusiva do país litorâneo. Alguns países industrializados - com a exceção dos Estados Unidos – como: Canadá, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Noruega, Suécia e França ratificaram a convenção em 1996.

O direito ao mar estabelece que, ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura, chamada de Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em que os recursos podem ser explorados com exclusividade. E mais: quando a Plataforma Continental, prolongamento do “piso” terrestre de um Estado litorâneo, ultrapassa essa distância, é possível estender a propriedade econômica do Estado, de acordo com a aplicação de critérios específicos, a até 350 milhas marítimas

Essa área somada, no caso do Brasil, constitui uma imensidão de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale à metade da extensão de nosso território terrestre, convencionou-se chamá-la de Amazônia Azul, permitindo associar-se com a Amazônia Verde, não por sua localização, mas por suas dimensões e riquezas.

Na Amazônia Azul estão presentes questões econômicas e estratégicas, como o caso de cerca de 95% do nosso comércio exterior depender do transporte marítimo. No mundo globalizado, muitos de nossos produtos exportados e importados se dão via transporte marítimo, e que interferências externas nas comunicações marítimas podem abalar sensivelmente a economia brasileira. Fato este, que reflete a dependência do tráfego marítimo e que ele se constitui em uma das grandes vulnerabilidades estratégicas do País.

A navegação de capotagem,a atividade pesqueira que é uma potencialidade da Amazônia Azul - No mundo, o pescado representa valiosa fonte de alimento e de geração de empregos. Em termos de futuro, estima-se que, até 2020, a produção pesqueira mundial cresça 40%, saindo das atuais 100 milhões de toneladas, para 140 milhões - Sendo que, no Brasil, ela ainda é praticada, na grande maioria dos casos, de forma artesanal. Entretanto, o petróleo, que em 2009, a produção nacional foi de 1,9 milhões de barris/dia e desse total, 80% foi explorado na plataforma continental brasileira ao longo das bacias marinhas como: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinha, Ceará-Potiguá, Sergipe-Alagoas, Camamu e Almada, Jequitinhonha, Espírito Santo, Campos e Pelotas é a grande riqueza da nossa Amazônia Azul.

Há uma grande expectativa com relação a produção de petróleo do pré-sal. O Brasil, poderá ser o 3ºou 4º maior produtor e exportador desta principal fonte de energia e, há uma esperança que o petróleo do pré-sal venha produzir uma transferência de recursos para sanar problemas históricos - no primeiro momento, pela falta de vontade política de fazer e depois, por falta de recursos - na educação, saúde e habitação, problemas que afetam principalmente as pessoas menos favorecidas.