domingo, 21 de agosto de 2011

AS TEORIAS DEMOGRÁFICAS

Desde o século XVIII, teóricos buscam entender o crescimento populacional no mundo. Daí até os dias atuais foram surgindo teorias como a de Malthus, a neomalthusiana, a reformista e a ecomalthusiana

TEORIA MALTHUSIANA

Thomas Robert Malthus, nasceu em Fevereiro de 1766 em Rookery, perto de Guildford, (Surrey) e faleceu a 23 de Dezembro de 1834 em Bath em 1798, publicou no livro “Ensaio sobre o princípio da população” a teoria que segundo o autor, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...). Assim, segundo a sua visão, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.

TEORIA NEOMALTHUSIANA

É uma teoria que começa a se desenvolver no início do século XX. Essa teoria somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias das condições urbanas e ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. Os estudiosos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando ao controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.

TEORIA REFORMISTA OU MARXISTA

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às anteriores, sua principal afirmação nega o princípio, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Segundo essa teoria, é a pobreza que gera a superpopulação, sendo assim, caso não houvesse pobreza, as pessoas teriam acesso à educação, saúde, higiene etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população. Essa teoria defende que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais – na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda,visando ao acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

TEORIA ECOMALTHUSIANA

É o ressurgimento da teoria de Malthus dentro desse novo paradigma ambiental. Para a teoria ecomalthusiana, controlar o crescimento populacional é uma das formas de preservar a natureza, pois, quanto maior a população, maiores os impactos ambientais. Segundo os ecomalthusianos, os países subdesenvolvidos são os que mais degradam o ambiente devido aos altos índices de natalidade. É bem verdade que os países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, às vezes são omissos em relação aos problemas ambientais, porém já foi provado que os países que mais degradam o meio ambiente são os que detêm o padrão de comportamento consumista encontrado nos países desenvolvidos.


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