O Terrorismo é um antigo, em que
a ação violenta é praticada com a finalidade de desestabilizar um poder constituído para
atingir os objetivos específicos. As ações Terroristas são praticadas ao longo
da história da humanidade e podemos enumerar alguns exemplos: A ação contra
Julio Cesar, imperador de Roma, em março de 44 a.C; O assassinato do presidente
americano Abraham Lincoln em 1865; O atentado praticado pelo ETA, que lutava
pela autonomia do País Basco em relação à Espanha, em junho de 1987, Barcelona;
As ações durante os anos 70, no Reino Unido, patrocinados pelo IRA que já depuseram as armas em 2016; O atentado praticado pelo norte-americano, Timothy
McVeigh, em 1995, em Oklahoma e o duplo atentado em 2011, na Noruega, praticado
pelo norueguês fundamentalista cristão e ultradireitista, Anders Behring
Breivik. Estes exemplos deixa claro que o terrorismo não tem território,
região, pátria, religião e muito menos um rosto.
Entretanto, o 11 de setembro de 2001, data do maior atentado
terrorista da história e de mais um crime contra a humanidade, produziu
mudanças nas relações geopolíticas globais. Um atentado violento, que deu ao
mundo uma região para Terrorismo e, ao mesmo tempo, uma justificativa para a
neo-guerra, desta vez, contra o terrorismos. Sustentada no princípio da “Doutrina
Bush”. Guerra, que passou ser travada no território do Oriente médio, num
primeiro momento e depois em outras regiões, pois o terrorismo não possui
limite geográfico específico.
Neste sentido as explosões no
Word Trade Center, no coração de Nova York, com transmissão ao vivo para todo o
mundo pelas redes de televisão, possibilitou ao mundo ocidental, principalmente
pelos Estados Unidos da América, produzir a ideia de que o mundo árabe é o
“berço do terrorismo” para justificar sua ação geopolítica na região do
petróleo e buscar ampliar sua área de influencia no Oriente Médio. Prontamente,
os Estados Unidos responderam ao ataque terrorista e iniciou com o aval da ONU,
um contra-ataque aos terroristas no Afeganistão e posteriormente, os EUA
inseriram o Iraque neste contexto e sem autorização da ONU invadiram este país
com o apoio de Tony Blair - primeiro ministro Inglês - e de José Maria Aznar –
primeiro ministro espanhol.
A ação criminosa do 11 de
setembro de 2001, marcou o que podemos chamar de terrorismo pós-moderno. O
terrorismo tradicional - com finalidade específica e territorializado - que era
praticado pelo ETA e o IRA, foi substituído por grupos terroristas com ações
desterritorializadas, sem finalidades para atingir objetivos específicos e contra civis, como da Al Qaeda, ISIS
Taleban ... assim, as respostas
políticas a esta nova lógica do terror (produzir o medo), são condicionadas
pelo contexto histórico atual, em que pela primeira vez estas ações terroristas
se mobilizam e assumem uma lógica global e de conflito internacional em que se
busca originar um conflito de entre o mundo ocidental e mundo árabe muçulmano.