sábado, 10 de setembro de 2011

O MUNDO DO PÓS-11 DE SETEMBRO

O Terrorismo é um antigo, em que a ação violenta é praticada com a finalidade de  desestabilizar um poder constituído para atingir os objetivos específicos. As ações Terroristas são praticadas ao longo da história da humanidade e podemos enumerar alguns exemplos: A ação contra Julio Cesar, imperador de Roma, em março de 44 a.C; O assassinato do presidente americano Abraham Lincoln em 1865; O atentado praticado pelo ETA, que lutava pela autonomia do País Basco em relação à Espanha, em junho de 1987, Barcelona; As ações durante os anos 70, no Reino Unido, patrocinados pelo IRA que já depuseram as armas em 2016; O atentado praticado pelo norte-americano, Timothy McVeigh, em 1995, em Oklahoma e o duplo atentado em 2011, na Noruega, praticado pelo norueguês fundamentalista cristão e ultradireitista, Anders Behring Breivik. Estes exemplos deixa claro que o terrorismo não tem território, região, pátria, religião e muito menos um rosto.

Entretanto, o  11 de setembro de 2001, data do maior atentado terrorista da história e de mais um crime contra a humanidade, produziu mudanças nas relações geopolíticas globais. Um atentado violento, que deu ao mundo uma região para Terrorismo e, ao mesmo tempo, uma justificativa para a neo-guerra, desta vez, contra o terrorismos. Sustentada no princípio da “Doutrina Bush”. Guerra, que passou ser travada no território do Oriente médio, num primeiro momento e depois em outras regiões, pois o terrorismo não possui limite geográfico específico.

Neste sentido as explosões no Word Trade Center, no coração de Nova York, com transmissão ao vivo para todo o mundo pelas redes de televisão, possibilitou ao mundo ocidental, principalmente pelos Estados Unidos da América, produzir a ideia de que o mundo árabe é o “berço do terrorismo” para justificar sua ação geopolítica na região do petróleo e buscar ampliar sua área de influencia no Oriente Médio. Prontamente, os Estados Unidos responderam ao ataque terrorista e iniciou com o aval da ONU, um contra-ataque aos terroristas no Afeganistão e posteriormente, os EUA inseriram o Iraque neste contexto e sem autorização da ONU invadiram este país com o apoio de Tony Blair - primeiro ministro Inglês - e de José Maria Aznar – primeiro ministro espanhol.

A ação criminosa do 11 de setembro de 2001, marcou o que podemos chamar de terrorismo pós-moderno. O terrorismo tradicional - com finalidade específica e territorializado - que era praticado pelo ETA e o IRA, foi substituído por grupos terroristas com ações desterritorializadas, sem finalidades para atingir objetivos  específicos e contra civis, como da Al Qaeda, ISIS Taleban ...  assim, as respostas políticas a esta nova lógica do terror (produzir o medo), são condicionadas pelo contexto histórico atual, em que pela primeira vez estas ações terroristas se mobilizam e assumem uma lógica global e de conflito internacional em que se busca originar um conflito de entre o mundo ocidental e mundo árabe muçulmano.