sábado, 21 de dezembro de 2013

UCRÂNIA: UMA "NOIVA" DISPUTADA

A Revolução Laranja foi uma série de manifestações em toda as regiões da Ucrânia contrárias ao resultados das eleições de 2004, devido as acusações de favorecimento ao candidato Viktor Yanukovych – com bênção da Rússia de Putin   derrotando, o candidato da oposição.  As manifestações surtiram efeito e uma outra eleição foi realizada com a vitória do candidato Viktor Yushchenko, com apoio de Putin.


Agora a Ucrânia está envolta de novas manifestações. Essas, contrárias às decisões tomadas pelos velhos atores da Revolução Laranja de 2004. O Atual presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich (pró-Rússia) venceu as eleições corrida em 2010, derrotando a primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko (pró- União Europeia).

O presidente eleito, Viktor Yanukovich, ao londo de seu governo, tomou a decisão de não assinar um acordo que possibilitaria uma maior integração com a União Europeia (Bloco econômico formado por 28 países da Europa) e, ao mesmo, tempo deixou claro ação de uma aproximação maior com a Rússia. A decisão tomada em novembro de 2013 frustrou os partidários dos que sonham em fazer parte da União Europeia e em função dessa decisão, milhares de ucranianos foram as ruas manifestar seu descontentamento.


No sentido de buscar um alívio para seu governo, o presidente, Viktor Yanukovych, visitou a Rússia do aliado Vladimir Putin na tentativa de garantir investimentos econômicos da grande potência do leste europeu.  Neste sentido, a visita foi positiva pois a  Rússia irá investir US$ 15 bilhões e reduzirá o preço do gás concedidos Kiev. 

Agora, eu, aqui, pensando sobre esse novo-velho enredo do leste europeu, me atrevo a afirmar que esta visita teve encontros a portas fechadas e a sete chaves. Uma “consulta” do atual presidente ucraniano Viktor Yanukovich sobre o que fazer se as manifestações se tornarem mais fortes. A resposta do presidente Vladimir Putin da Rússia – que está observando o avanço da União Europeia e da Otan em direção do leste europeu, buscando isolar a Rússia na Europa e “empurrado” a mesma para a Ásia – deve ter dito: "desce o cassete”, que o “papai” está aqui para proteger um “país amigo” e é lógico proteger o meu ”quintal”.

sábado, 24 de agosto de 2013

PIAUÍ, A NOVA FRONTEIRA PETROLÍFERA BRASILEIRA

O cenário econômico piauiense para os próximos anos assinala grandes oportunidades no campo da mineração. Já é realidade os jazimentos de níquel, ferro e manganês na região sudeste do Piauí, na região dos municípios de Paulistana, Capitão Gervásio de Oliveira, São Raimundo Nonato, São João do Piauí, entre outros localizados em áreas de estrutura geológica cristalina da Era pré-cambriana. É realidade também, na região dos cerrados, a sojicultora desde os anos de 1980. O Piauí, juntamente com a Bahia e Maranhão tornaram-se o polo de grão do nordeste brasileiro. Agora uma nova realidade se apresenta para o Piauí, pois a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustível – realizou com êxito nos dias 14 e 15 de maio o leilão de 14 lotes piauienses na bacia do Parnaíba. Os lotes piauienses vendidos estão localizados em terra, no total de treze blocos e um bloco na bacia de Barreirinhas, em mar. Com esta nova realidade, o Piauí tornou-se uma futura nova fronteira petrolífera, com potencial para gás e petróleo.

As empresas vencedoras foram:
Petra Energia (5 blocos),
Petrobrás (4 blocos),
OGX Petróleo e Gás (2 blocos),
Sabre internacional Energia (1 bloco)

Localizado na Bacia sedimentar Meio Norte, o Piauí, possui uma formação geológica sedimentar, com a maior parte de formação Paleo-Mesozóica, disponibilizou 12 lotes, que abrange uma área de 36 mil quilômetros quadrados, em 33 municípios piauienses a saber:

São eles:
Alvorada do Gurguéia, Amarante, Antonio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Cajazeiras do Piauí, Canavieira, Canto do Buriti, Colônia do Gurguéia, Currais, Elizeu Martins, Flores do Piauí, Floriano (O centro das atividades de exploração), Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jerumenha, Landri Sales, Manoel Emídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Oeiras, Pajeú do Piauí, Palmeira do Piauí, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves, Rio Grande do Piauí, São Francisco do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí.

Vamos em frente! Mesmo sendo um Estado que historicamente é representado e governado por grupos ou grupetos, que não tem um projeto político e econômico que nos leve para um desenvolvimento econômico em longo prazo, devemos estar atentos nas ações governamentais para que esta riqueza produzida seja de fato socializada e a sociedade piauiense venha se beneficiar com serviços públicos com qualidade. 

ACORDA PIAUÍ!

terça-feira, 30 de julho de 2013

O IDHM DE TERESINA-2010


O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DE TERESINA – 2010

CRITÉRIOS:
Educação – 0,707
Longevidade -  0,820
Renda – 0,731
IDMH – 2010
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Teresina é 0,751, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,219), seguida por Longevidade e por Renda.

Ranking
Teresina ocupa a 526ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil. Em relação aos 224 outros municípios de Piauí, Teresina ocupa a 1ª colocação entre os 224 do Estado do Piauí.

DEMOGRAFIA E SAÚDE
População                
Entre 2000 e 2010, a população de Teresina teve uma taxa média de crescimento anual de 1,41%. Na déada anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 2,04%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu -0,04%.

Estrutura Etária
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Teresina passou de 52,48% para 41,23% e o índice de envelhecimento evoluiu de 4,18% para 5,66%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 69,36% para 52,48%, enquanto o índice de envelhecimento evoluiu de 3,23% para 4,18%.

Longevidade, mortalidade e fecundidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Teresina reduziu 50%, passando de 32,7 por mil nascidos vivos em 2000 para 16,1 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado do Piauí são de 23,1 e no Brasil é de 16,7 por mil nascidos vivos,

EDUCAÇÃO
Crianças e Jovens
A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação. No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 12,61% e no de período 1991 e 2000, 57,72%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 61,50% entre 2000 e 2010 e 99,86% entre 1991 e 2000. A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 91,54% no período de 2000 a 2010 e 119,80% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 131,56% entre 2000 e 2010 e 93,41% entre 1991 e 2000.

Adulta
A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM Educação. Em 2010, 64,21% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 45,78% o ensino médio. Em Piauí, 41,81% e 26,87% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 10,36% nas últimas duas décadas.

A RENDA PER CAPITA
A renda per capita média de Teresina cresceu 118,72% nas últimas duas décadas, passando de R$346,37 em 1991 para R$498,40 em 2000 e R$757,57 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 43,89% no primeiro período e 52,00% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 20,88% em 1991 para 11,61% em 2000 e para 4,44% em 2010.

GINI
A desigualdade diminuiu:
O Índice de Gini passou de 0,63 em 1991 para 0,64 em 2000 e para 0,61 em 2010.

Obs:
O que é razão de dependência?
População de menos de 14 anos e de 65 anos  (população dependente)  ou mais em relação à população de 15 a 64 anos  (população potencialmente ativa)
O que é índice de envelhecimento?
População de 65 anos ou mais em relação à população de menos de 15 anos


                                                              Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 2013

sábado, 20 de julho de 2013

UNIÃO EUROPÉIA: UM BLOCO EM CRESCIMENTO

A Croácia, foi o ultimo país oficializado como mais um membro da União Europeia –
uma ex-republica da antiga Iugoslávia – que agora passa ter 28 países por enquanto, já que o Reino Unido está em processo de saída da União Européia. Neste bloco, temos o Espaço Schengen - Atualmente com 26 países que permitem a livre circulação de pessoas dentro dos países signatários sem a necessidade de apresentação de passaporte nas fronteiras e a chamada Eurozona – área para livre circulação da moeda única, o Euro – que é formado pelos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, República da Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Letônia e a Lituânia que integrou a área do euro em 1 de janeiro de 2015 e tornou-se o seu 19.º Estado-Membro.
O processo de expansão dentro da União Européia continuará uma vez que um número crescente de países manifestaram interesse em aderir.  Entre os países candidatos estão:
 
MACEDÔNIA
População:
2,05 milhões de habitantes
Espaço
Schengen: Não faz parte
ISLÂNDIA
População:
300 000 habitantes
Espaço
Schengen: Faz parte desde 1996
MONTENEGRO
População:
600 000 habitantes
Espaço
Schengen: Não faz parte
SÉRVIA
População:
7,4 milhões de habitantes
Espaço
Schengen: Não faz parte
TURQUIA
População:
71,5 milhões de habitantes
Espaço
Schengen: Não faz parte

Este grupo países estão em negociações para ingressarem na União Européia que apresenta o maior grau de integração econômica e social no mundo. De certa maneira, os países que fazem parte do bloco estão usufruindo, em um grau maior ou menor, dos benefícios contidos nos principais objetivos da União Européia. São eles: Promover a unidade política e econômica entre os países que compõem a União Européia através de medidas adotadas pelas instituições supranacionais; Reduzir as desigualdades sociais e econômicas regionais dentro do bloco com a melhoria das condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus e proporcionar paz, harmonia e equilíbrio na Europa.

sábado, 16 de março de 2013

AS LÁGRIMAS DE MARÇO

A morte é imprevisível e impacta. Nos dias 5 e 6 de março de 2013, morreram o presidente da Venezuela Hugo Chaves e o vocalista da banda Charlie Brown Jr - o Chorão. Duas mortes que repercutiram e que me atrevo a fazer uma comparação entre as duas perdas. Salvadas as devidas proporções.

No Brasil, morreu o Chorão, um artista que influenciou uma geração de jovens que acompanharam sua carreira de sucesso. Um dia antes, milhões de jovens, adultos e idosos choraram a morte física do seu presidente Hugo Chaves.

O choro pelo Chorão, foi um choro de perda de um artista que expressava-se de forma clara as idéias contestadora que chegava facilmente no meio dos jovens brasileiros. Ideias que criticavam o status quo, que confrontavam as decisões vigentes imposta pela elite política e capitalista, influenciando os diversos aspectos da vida dos jovens na sociedade brasileira.

Já o choro dos venezuelanos, é um choro da perda de um chefe de estado que não aceitava o status quo global, organizada dentro de um modelo caracterizado pela globalização econômica. Chaves, um nacionalista estatizante – E, que na visão da elite sanguessuga mundial liberal – foi estereotipado nas varias oportunidades criadas, como um retrógrado nacionalista e ditador.

Já o choro pelo chorão, se deu e se dará na sociedade brasileira devido a defesa de seus pensamentos enquanto artista, esqueitista e letrista-poeta, que será lembrado por gerações dos jovens-adultos deste meu Brasil


Já, o chorá dos venezuelanos se dá e se dará pela falta do presidente que não governou para a elite sanguessuga paleolítica defensora do neoliberalismo e, sim, para venezuelanos desprovidos historicamente do acesso a renda e que, com certeza, dividirá ainda mais a Venezuela.

Na poesia de chorão, há uma frase que diz assim “ Só os loucos sabem”... Será loucura fazer o diferente e nadar contra a maré do senso comum? Chaves chorão ou chorão chaves... Não sei! Só sei que sou mais um louco, pois não navego na defesa total do que está colocado e aceitado.

Não aceito a ideia produzida de que o mundo global, o mundo da globalização neoliberal que chaves era ditador. Como ditador? por ir de encontro ao que está imposto na ordem vigente?

Mesmo com suas mazelas, ele foi eleito diretamente pelo povo em eleições limpas: Por ter sido um nacionalista e de ter pregado a integração dos países latinos americanos ele merece ser considerado um falastrão, pelo fato de não embarcar na doutrina vigente da globalização, ele merece ser adjetivado de retrógrado? Sabe ... Não sei... Mas Chaves, mostrou que a chave que abre a porta das oportunidades para os desassistidos tem que ser usada. Mas será que ele usou de maneira correta? Eita elite podre essa! Elite que em função da defesa do ganho econômico, esquecem-se do básico social.

O chorão e o Chaves se foram, mais deixaram suas posições e contestações na defesa de seus ideais. Eles se foram, mas deixaram seus legados.

Só sei que a marionete-sociedade, manipulada como um boneco pela elite econômica e midiática, produzirá, na Venezuela, no Brasil e no mundo, factoides para levar ao óbito as ideais da prática das politicas sociais diretas no combate a pobreza. Cabe aos que ainda não foram alienados, a se levantar para a defesa direta das soluções dos problemas sociais e na defesa o maior legado do chavismo na América Latina, A defesa da integração dos países latinos americanos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CRESCIMENTO DA MALHA URBANA DE TERESINA



Teresina, a “Cidade Verde”, uma belíssima Cidade, principalmente o centro antigo, com poucos dos seus casarões do século XIX ainda preservados, uma cidade planejada em sua gênese com suas ruas centrais no sentido horizontal (sentido Leste-Oeste) e verticais (Norte-Sul) desde sua fundação em 1852, vem passando por transformações produzidas por sua sociedade e sua dinâmica econômica, ao longo do seu tempo-histórico.


Inicialmente uma cidade mesopotâmica – entre os rios Parnaíba e Poty – com um relevo relativamente plano, bons pastos e água, fatores para o desenvolvimento da pecuária, além de uma situação geográfica favorável, na margem do rio Parnaíba e na porção centro-norte que contribuiu para se tornar a principal cidade do Meio-norte, ainda no final do século XIX.O Estado do Piauí, que tinha a Pecuária como a principal atividade econômica, no final do século XIX e início do Século XX, experimentou as consequências do fim de um certo isolamento, para se inserir em um novo patamar econômico a nível de Brasil de Mundo com os ciclos da Maniçoba, do babaçu e a carnaúba (1900 a 1950)


Neste momento, Teresina, como outras cidades como Parnaíba e Floriano, passa por transformações na sua dinâmica urbana. Teresina experimenta, a partir da década de 1950, a conviver com um processo de crescimento horizontal, indo além da situação entre rios. A construção da ponte sobre o rio poty, possibilitou uma ocupação mais intensa na chamada zona leste, os bairros formais; Para a porção boreal de Teresina a construção da Avenida Centenário contribuiu par uma ocupação mais efetiva do solo urbano; Para o rumo meridional de Teresina, os prolongamentos das avenidas Barão de Gurguéia e Miguel Rosa “casou” com a política de grandes conjuntos habitacionais do final da década de 1960 e toda década de 1970.


Como exemplo, neste período, temos a construção dos conjuntos longe do centro antigo: O Conjunto Parque Piauí, Bela vista I, Itararé (posteriormente Dirceu Arcoverde); No início dos anos 80, os Promorás norte e sul e o Mocambinho. Nesta mesma década, uma nova relação entre o poder público e a sociedade civil ganha um novo contexto, com o surgimento dos movimentos sociais organizados na luta pelo o teto: A FAMCC e a FAMEPI que passam, juntamente com outras instituições, a organizarem ocupações no solo urbano de Teresina, intensificando de forma mais acentuada, o surgimento dos espaços informais (Vilas e Favelas). 


Da década de 1990 até os dias atuais, surgiram novas dinâmicas de expansão do espaço urbano de Teresina. Concomitantemente a Verticalização ao longo da orla marginal do rio Poty em Teresina, intensifica-se com a especulação imobiliária o crescimento horizontal, com a comercialização de loteamentos, conjuntos habitacionais e condomínios residências que estão cada vez mais longe do centro antigo, que serve como parâmetro para cálculo de distâncias dos futuros moradores destas novas áreas urbanas.