Teresina, a “Cidade Verde”, uma belíssima Cidade,
principalmente o centro antigo, com poucos dos seus casarões do século XIX ainda
preservados, uma cidade planejada em sua gênese com suas ruas centrais no
sentido horizontal (sentido Leste-Oeste) e verticais (Norte-Sul) desde sua
fundação em 1852, vem passando por transformações produzidas por sua sociedade
e sua dinâmica econômica, ao longo do seu tempo-histórico.
Inicialmente uma cidade mesopotâmica – entre os rios Parnaíba
e Poty – com um relevo relativamente plano, bons pastos e água, fatores para o
desenvolvimento da pecuária, além de uma situação geográfica favorável, na
margem do rio Parnaíba e na porção centro-norte que contribuiu para se tornar a
principal cidade do Meio-norte, ainda no final do século XIX.O Estado do Piauí, que tinha a Pecuária como a principal atividade
econômica, no final do século XIX e início do Século XX, experimentou as
consequências do fim de um certo isolamento, para se inserir em um novo patamar
econômico a nível de Brasil de Mundo com os ciclos da Maniçoba, do babaçu e a
carnaúba (1900 a 1950)
Neste momento, Teresina, como outras cidades como Parnaíba e
Floriano, passa por transformações na sua dinâmica urbana. Teresina
experimenta, a partir da década de 1950, a conviver com um processo de
crescimento horizontal, indo além da situação entre rios. A construção da ponte
sobre o rio poty, possibilitou uma ocupação mais intensa na chamada zona leste,
os bairros formais; Para a porção boreal de Teresina a construção da Avenida
Centenário contribuiu par uma ocupação mais efetiva do solo urbano; Para o rumo
meridional de Teresina, os prolongamentos das avenidas Barão de Gurguéia e
Miguel Rosa “casou” com a política de grandes conjuntos habitacionais do final
da década de 1960 e toda década de 1970.
Como exemplo, neste período, temos a construção dos conjuntos
longe do centro antigo: O Conjunto Parque Piauí, Bela vista I, Itararé (posteriormente
Dirceu Arcoverde); No início dos anos 80, os Promorás norte e sul e o Mocambinho.
Nesta mesma década, uma nova relação entre o poder público e a sociedade civil
ganha um novo contexto, com o surgimento dos movimentos sociais organizados na
luta pelo o teto: A FAMCC e a FAMEPI que passam, juntamente com outras
instituições, a organizarem ocupações no solo urbano de Teresina, intensificando
de forma mais acentuada, o surgimento dos espaços informais (Vilas e Favelas).
Da década de 1990 até os dias atuais, surgiram novas dinâmicas
de expansão do espaço urbano de Teresina. Concomitantemente a Verticalização ao
longo da orla marginal do rio Poty em Teresina, intensifica-se com a
especulação imobiliária o crescimento horizontal, com a comercialização de loteamentos,
conjuntos habitacionais e condomínios residências que estão cada vez mais longe
do centro antigo, que serve como parâmetro para cálculo de distâncias dos
futuros moradores destas novas áreas urbanas.